Por Jéssica Araujo
Voz suave, inspirada em cantores de rádio. Estilo despojado, com um toque de sutileza. Essa era Elis Regina, uma das maiores cantores do século XX, e porque não dizer da história da música. A pimentinha, apelido criado por Vinícius de Moraes, era doce e ao mesmo tempo tinha uma força de alavancar o palco e produzir um espetáculo que emocionasse os casais e fizesse os solteiros dançarem de alegria.
Seu estilo não se resumia a um só, mas sim misturava-se bossa com rock, samba com jazz, e assim nasci um novo conceito de melodia. Ela ajudou a lançar diversos cantores como Milton Nascimento, seu grande amigo e João Bosco, um dos melhores compositores.
Embora tenha surgido nos anos 60, Elis se tornou ícone na década seguinte, interpretando composições que estão presentes até hoje entre nós.Em 1975, o seu espetáculo ‘Falso Brilhante’, foi o mais visto de toda a história, com quase 300 apresentações em menos de 2 anos.
E será que você leitor conhece Madalena? Essa Madalena que era o bem querer de todos , você já prestou atenção na letra? Não. Então vamos lá.
“Madalena, Madalena, você é bem querer. Eu vou falar pra todo mundo, vou falar pra todo mundo, que eu só quero é você.”
E o que poucos sabem é que a canção “O bêbado e o equilibrista” foi o hino da anistia, após a ditadura militar. É de se imaginar, que uma “louca consciente” faria frente aos militares e protestaria e comemoraria o novo Brasil. Há de se prestar atenção nas linhas mal traçadas e que cuja revolução é evidente neste música.
“Que sonha com a volta do irmão do Henfil. Com tanta gente que partiu. Num rabo de foguete,chora! A nossa Pátria mãe gentil, choram Marias e Clarisses,no solo do Brasil.”
Alguns anos depois, mais precisamente em 1982, nossa Diva nos deixou, fazendo com que todo o Brasil viesse às lágrimas, porém a música nacional jamais esquecerá a dona encrenca, Elis Regina.
E nós nos despedimos com uma frase dessa eterna cantora:
"Me tomam por quem? Um imbecil? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque quando descobrirem que estou verde já estarei amarela. Eu sou do contra. Sou a Elis Regina do Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo".
Alguns anos depois, mais precisamente em 1982, nossa Diva nos deixou, fazendo com que todo o Brasil viesse às lágrimas, porém a música nacional jamais esquecerá a dona encrenca, Elis Regina.
Em 2012, sua filha Maria Rita, que muitos críticos dizem que é a "nova" Elis, começará uma turnê nas principais capitais do Brasil: Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre. O "Viva Elis",é a lembrança de 30 anos de falecimento da cantora, que conta com uma composição de shows em homenagem a cantora, juntamente com uma exposição de artefatos ligados a vida da Pimentinha.
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